O avanço do licor na coquetelaria brasileira

O avanço do licor na coquetelaria brasileira

Havia alguma resistência, mas o licor finalmente encontrou espaço dentro da coquetelaria brasileira. De aperitivo ou bebida pós-refeição, agora está presente m diversas receitas, das mais simples às requintadas em restaurantes estrelados e bem ranqueados.

Curiosamente, hábito antigo na Europa, a utilização da bebida nas receitas criativas na América demorou a pegar, onde os drinques com bebidas mais fortes, quase sempre destiladas, sempre tiveram a preferência.

De acordo com a consultoria Product Audit, a importação da bebida bateu seguidos recordes nos últimos cinco anos. As vendas crescem na casa dos 100% a cada ano desde 2020, assim como as importações, e os coquetéis têm muito a ver com esse desempenho. 

Especialistas dizem que o interesse pelo licor tem a ver com seus elementos adocicados que alteraram a percepção do consumidor e relação aos tradicionais mojitos, margueritas e gins que dominam os cardápios, em movimento semelhante ao do uísque anos atrás.

Outro movimento importante foi a derrubada do mito de que licores finos não servem para coquetéis – um pensamento parecido com aquele que pregava que “caipirinha não se faz com cachaça premium”. Licor mais sofisticado serve sim para fazer coquetéis criativos nos bares e também em casa.

Antes a predominância era quase que total do Amarula, líder de mercado e preferido dos coqueteleiros  brasileiros para misturas criativas. Com o tempo, outras marcas e “sabores” invadiram os bares e diversificaram as ofertas. 

Uma receita interessante que chama a atenção pela simplicidade é o carajillo, surgido na Espanha e expandido a partir do México. É simples: misture uma dose de Licor 43 com uma de café e adicione gelo. Dá para fazer em casa sem complicação e gasto.

Nos bares paulistanos muitos consumidores se acostumaram a ver misturas de Amarula com bombons, ovos de Páscoa e sorvetes em picolés. A marca Baileys costuma ser acompanhada de vários tipo de cafés, enquanto que o Cointreau predomina em misturas om elementos clássicos e drinques variados.

Mauricio Leme, especialista no setor de bebidas com uma importante passagem na importadora Aurora Fine Brands, afirma que o licor apresenta outra característica para ter avançado bastante na área de coquetelaria: a capacidade de imprimir uma identidade ao drinque.

“A vodca não muda a personalidade e as características básicas de um drinque. Já os licores são insubstituíveis na construção das receitas”, disse em entrevista ao site Neofeed.

Aqui no Arvory, você encontra uma variedade de Licores:

Marcelo Moreira

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